segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Hipólito, o Filantropo



Autor: Eric Many


Ano de edição: 2006


Editora: Edições Afrontamento


Idade recomendada: 6 anos



Sinopse

Certo dia, Hipólito andava triste porque a sua amiga Rita lhe dissera: “Hipólito, tu és o maior filantropo da floresta” (Eric Many, 2006:10). Ora, ouvindo isto e tal como as crianças na fase em que aprendem palavras novas, Hipólito interroga-se pois não sabia o significado desta nova palavra. O hipopótamo decide, então, consultar alguns animais da floresta, seus amigos. Estes, como não sabiam o que filantropo queria dizer, interpretaram mal e disseram ao Hipólito que filantropo era um insulto. Foi difícil descobrir o que realmente significa filantropo e o hipopótamo Hipólito, até chegou a dizer que “Se os outros animais acham que sou feio, gordo e cheiro mal, é porque não precisam de mim” (Eric Many, 2006:22). Então começou a gritar no meio da floresta dizendo: “sou Hipólito o filantropo! Sou Hipólito o filantropo e vou-me embora!” (Eric Many, 2006:22).
Até que, a certa altura, Hipólito encontrou o André, o elefante. Este disse-lhe para ter calma pois filantropo é uma “palavra para falar de alguém que gosta das outras pessoas” (Eric Many, 2006:26) e assim Hipólito percebe que afinal filantropo é um grande elogio.
A história termina com um diálogo entre Hipólito e Rita em que este diz à amiga que “Na verdade, não sei se sou o maior filantropo da floresta, mas sei que gosto muito de ti e que tu não és nada misantropa” (Eric Many, 2006:30).

Justificação da idade
Na minha opinião e seguindo o Plano Nacional de Leitura, acho que este livro estará destinado a crianças com 6 anos de idade pois, segundo a teoria de desenvolvimento cognitivo de Vigotsky (1978) “as crianças (…) envolvidas num mundo de desafios e fantasia, são ativos aprendizes dotados de uma curiosidade fascinante.”. Na teoria da aprendizagem social, Vigotsky, diz-nos também que a criança sente necessidade de questionar os adultos. E, comparando com a história, o Hipólito também sente essa necessidade quando deparado com uma palavra estranha e nova. Nesta fase a criança sofre uma evolução relativamente à linguagem. “O seu léxico mental aumenta (…) e (…) a criança atribui um significado para cada palavra aprendida, categorizando-a numa estrutura mental onde se encontram palavras familiares.”[1]
As crianças durante este período estão completamente preparadas e disponíveis para a aprendizagem. Elas “encaram o pensamento e a aprendizagem como um desafio intelectual” (Berger, 2000).
Relativamente ao desenvolvimento psicológico das crianças com 6 anos de idade, estas são, emocionalmente, muito excitáveis e as suas manifestações chegam, por vezes, a que elas percam o próprio controlo. O Hipólito, quando conhece a palavra nova, “filantropo”, fica excitado e chega mesmo a perder o controlo pensando que é uma palavra feia.
As crianças de 6 anos gostam de textos curtos e com ilustrações grandes que estejam relacionadas com o texto.




[1] Manual de Psicologia do desenvolvimento e aprendizagem.

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